19/09/2024

Ministra da Saúde se reúne com o governador de São Paulo para discutir ações na área da saúde em decorrência das queimadas

Nísia Trindade colocou à disposição do estado a equipe da Força Nacional do SUS e reforçou recomendações de cuidados à população

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Aministra da Saúde, Nísia Trindade, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participaram, nesta sexta-feira (13), de reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a crise climática que atinge o estado ante a fumaça persistente das queimadas. O Ministério da Saúde mobilizou as equipes da Força Nacional do SUS para visitar os estados e municípios mais afetados no país para avaliar a situação e apoiar gestores locais, inclusive os do estado de São Paulo.

“A Força Nacional do SUS está mobilizada para ações que se façam necessárias em apoio ao atendimento à população. Tanto o Ministério da Saúde quanto o Ministério do Meio Ambiente têm a palavra prevenção como chave. Iremos trabalhar junto com o Governo de São Paulo e com outros governos para ações mais estruturantes para o plano de adaptação, mitigação e mesmo de transformação na linha que o presidente Lula vem externando”, destacou a ministra Nísia Trindade.

Técnicos da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES) do Ministério da Saúde foram para Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para apoiar os gestores na construção de planos de ação. Na próxima semana estão previstas, até o momento, a visita de equipes da Força Nacional do SUS aos estados do Acre, Amazonas e Rondônia.

A ministra do Meio Ambiente ressaltou o trabalho de monitoramento da qualidade do ar e listou a quantidade de equipamentos para combate a incêndios enviado ao estado. “O importante é que possamos trabalhar cada vez mais a lógica da gestão do risco, não só a lógica da questão do desastre”, disse.

Monitoramento do impacto das queimadas na saúde

De acordo com o Informe Queimadas da Semana Epidemiológica 36, São Paulo é a cidade com a maior população exposta para os municípios que apresentaram pelo menos dois dias consecutivos de violações do padrão diário de qualidade do ar, seguido por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Manaus. O estado paulista como um todo é um dos que mais tem sofrido com o tempo seco, principalmente no período da tarde, o que aumenta o risco para incêndios florestais.

Uma série de ações está em andamento por parte do Ministério da Saúde em decorrência da emergência climática.

Em caráter nacional, ainda em julho, foi criada a Sala de Situação Nacional de Emergência Climática em Saúde do Ministério da Saúde, juntamente com representantes de estados e municípios e do Distrito Federal, além de instituições de saúde e meio ambiente.

Diante da intensificação dos focos de incêndio e as previsões meteorológicas que apontam piora do quadro de seca, as reuniões têm ocorrido diariamente, e contam com acompanhamento da ministra Nísia Trindade. A Sala de Situação fornecerá boletim diário a respeito da situação enfrentada.

Além das orientações para a população, os informes já publicados pelo Ministério trazem as recomendações de ações a serem implementadas pelos profissionais da vigilância em saúde ambiental. Uma das iniciativas foi a publicação de orientações para a proteção e monitoramento da saúde dos brigadistas florestais.

O Ministério da Saúde mantém monitoramento das áreas afetadas pelas queimadas e incêndios florestais por meio da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VigiAr). A qualidade da água também é monitorada através do VigiÁgua, e em colaboração com outros órgãos orienta as áreas afetadas em relação ao provimento de água potável.

Recomendações

Diante do cenário de seca extrema, potencializado com as queimadas que derrubam ainda mais a umidade do ar, o Ministério da Saúde reforça as seguintes recomendações:

Para a população:

  • Aumentar a ingestão de água potável e procurar locais mais frescos;
  • Evitar atividades físicas em áreas abertas;
  • Evitar ficar próximo dos focos de queimadas;
  • Pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos são mais vulneráveis aos efeitos à saúde decorrentes da exposição à poluição do ar e ao calor extremo e precisam de cuidados maiores e manutenção de consultas em dia;
  • Em caso de sintomas de náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen, buscar atendimento médico. 

Para os gestores:

  • Reforçar o atendimento nos serviços de atenção à saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA);
  • Monitorar as informações de qualidade do ar, umidade relativa do ar e temperatura;
  • Monitorar oferta e qualidade da água e garantir à população o acesso à água potável, com pontos de distribuição e bebedouros públicos, em especial em áreas remotas e de maior vulnerabilidade social;
  • Garantir a oferta adequada de pontos de hidratação e nebulização, avaliando a necessidade de novas estruturas junto aos serviços de saúde (tendas e salas de hidratação);
  • Capacitar e orientar equipes de atenção à saúde para compartilhar informações com a população, identificar e manejar em tempo oportuno riscos e agravos à saúde, especialmente em pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos;
  • Reforçar ações de promoção e atenção à saúde mental. 

 

FONTE: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/setembro/ministra-da-saude-se-reune-com-o-governador-de-sao-paulo-para-discutir-acoes-na-area-da-saude-em-decorrencia-das-queimadas

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