22/11/2024

MEDIDA JUSTIFICADA Juiz cita confissão e mantém prisão de militar envolvido na morte de Zampieri

(Por Vinicius Mendes | Gazeta Digital )

Reprodução

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Juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira, manteve a prisão de Hedilerson Fialho Martins Barbosa, militar envolvido no assassinato do advogado Roberto Zampieri em dezembro de 2023. A defesa alegou que o veterano do Exército não teve o direito de ficar em silêncio em um dos interrogatórios, mas o magistrado pontuou Hedilerson já tinha confessado na primeira vez em que foi ouvido.

Na decisão proferida nessa quarta-feira (19), o juiz lembrou que impôs multa aos advogados dos réus por entender que a demora deles em apresentar resposta à acusação é uma tentativa de prolongar o processo. Citou também que a multa poderia ser revogada caso eles cumprissem com suas obrigações.

Os advogados Pedro Henrique Ferreira Marques e Matheus Amelio de Souza Bazzi, que defendem Etelvaldo Luiz Caçadini de Vargas, e os advogados Neyman Augusto Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza, que patrocinam a defesa de Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa ajuizaram recurso de embargos de declaração.

Em sua manifestação, o Ministério Público opinou contra o pedido de revogação da prisão de Hedilerson. A defesa do réu alegou que no segundo depoimento o militar não teve o direito de ficar em silêncio. Com base nisso, pediu a nulidade do interrogatório e a revogação da prisão.

O juiz, no entanto, disse que, apesar das alegações dos advogados, ainda estão presentes os requisitos que autorizaram a prisão.

“A ausência de prévia advertência sobre o direito do réu de permanecer calado somente é capaz de gerar nulidade em casos comprovadamente de existência de efetivo prejuízo ao réu, o que de fato não ocorreu no presente feito, […]. Além disso, como bem asseverou o Ministério Público, o réu já havia confessado seu envolvimento nos fatos por ocasião do seu primeiro interrogatório”, afirmou o magistrado ao manter a prisão preventiva de Hedilerson.

O caso
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.

No dia 22, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro, foi apontado como intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.

Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso no dia manhã de janeiro, em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o financiador do crime. O suposto mandante, Aníbal Manoel Laurindo, está solto.

 

Fonte:https://www.gazetadigital.com.br/editorias/judiciario/juiz-cita-confisso-e-mantm-priso-de-militar-envolvido-na-morte-de-zampieri/775019

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