Dos alvos da operação, 16 já estavam presos na Penitenciária Major Eldo Sá Correia, a Mata Grande, de onde aplicavam os golpes pelo celular.
Um total de 17 mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (3), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, durante a operação “Falsários da Net”, que investiga golpes pelo WhatsApp. Dos alvos da operação, 16 já estavam presos na Penitenciária Major Eldo Sá Correia, a Mata Grande.
Conforme as investigações da Polícia Civil do Amazonas, que deflagrou a operação e contou com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso para o cumprimento dos mandados, os criminosos praticavam golpes de estelionato e fizeram vítimas em vários estados, entre eles o Amazonas.
As ordens de prisão e busca e apreensão foram decretadas pela Justiça da Comarca de Manaus, pelos crimes de estelionato e organização criminosa.
Uma das 17 pessoas presas é a mulher de um dos presos. Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, ela foi presa na casa dela, no Bairro Dom Osório, em Rondonópolis, onde os policiais apreenderam um carro, uma motocicleta e R$ 1,1 mil em dinheiro.
Durante buscas na cela dos suspeitos, foram apreendidos 76 chips, três celulares, seis porções de maconha e 28 cadernos com anotações.
Segundo a investigação, nos últimos dois anos, foram registradas mais de 200 ocorrências, desse tipo de crime cometido pela mesma quadrilha somente no Distrito Federal. Ainda segundo a investigação, o suspeito nunca aparecia, somente enviava mensagens de texto e áudios para as vítimas.
O golpe acontecia quando a vítima, interessada pelo preço, entrava em contato com o estelionatário, o qual age como intermediário do vendedor. O golpista, então, afirma para o proprietário do veículo que vítima tem uma dívida com ele.
A mesma versão era apresentada ao comprador (cliente), falando que o dono do carro tinha uma dívida com ele (golpista). A mentira é contada porque logo em seguida o estelionatário solicita para ambos não falarem de valores, quando a pessoa interessada na compra for fazer vistoriar o veículo.
Depois de negócio fechado, o estelionatário, fazendo o papel de intermediador, informa ao comprador a conta bancária para depósito, e solicita que o depósito seja feito rapidamente.
O golpe foi descoberto, após um comprador perceber que o depósito não havia sido realizado em nome do verdadeiro vendedor, e sim de uma terceira pessoa que seria integrante da quadrilha de estelionatário.
Fonte: https://g1.globo.com