Defensoria citou discurso de ódio contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros
(POR ARTHUR SANTOS DA SILVA )
A juíza Celia Regina Vidotti, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, negou recursos do ex-deputado federal Victório Galli (PSL), condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos em consequência de manifestações preconceituosas.
A decisão foi publicada no Diário de Justiça desta terça-feira (28).
A ação civil proposta pela Defensoria Pública de Mato Grosso demonstrou constantes manifestações consideradas preconceituosas. Revelou-se o discurso de ódio contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.
Os advogados de Galli se manifestaram requerendo o cancelamento da certidão de transito em julgado do caso. Eles alegaram que não foram intimados da sentença.
Posteriormente a defesa questionou a ausência de intimação da publicação e o fato de ter sido feita a publicação apenas em Mato Grosso, uma vez que o condenado trabalha em Santa Catarina.
Em sua decisão, Celia Regina afirmou que não houve falhas. “Verifico que não há nenhuma irregularidade a ser corrigida ou falta a ser suprida em relação a intimação das partes sobre a sentença”, disse a magistrada.
A juíza esclareceu ainda que Victório Galli precisa comunicar o cumprimento da sentença. Ou seja, o ex-deputado precisa comprovar que pagou a indenização de R$ 100 mil.
Preconceito
Posicionamentos do ex-deputado geram polêmica. Um deles, Galli, em entrevista à Rádio Capital, alegou que a Disney e o Mickey fazem “apologia” ao “homossexualismo”.
Nas redes sociais, o político também publicou ilustrações que equiparam homossexualidade com a pedofilia.
FONTE: https://www.midianews.com.br