(Por: Jessica Bachego)
Edinei Honorato Lopes, 36 anos, o falso curandeiro conhecido como “Maníaco do Telefone”, foi preso em Rondônia, no sábado (2). Ele estava de carona em um veículo e foi identificado em uma abordagem de rotina, da Polícia Rodoviária Federal.
O homem tem mandado de prisão aberto, expedido pela Justiça de Mato Grosso, em ação em que é acusado de chantagear crianças para que mandassem para ele fotos nuas. O homem dizia que era curandeiro e ameaçava amaldiçoar as crianças, caso não atendessem ao seu pedido. Há registro de pelos menos 29 vítimas de Edinei.
Segundo o site Rondônia em Pauta, ao ser abordado o motorista apresentou documentação, mas o suspeito informou apenas o primeiro nome. Posteriormente ele disse o nome verdadeiro e, em pesquisa, a polícia constatou o mandado de prisão pendente, desde março de 2018. Ele foi levado para a delegacia e está à disposição da Justiça.
Maníaco foi preso três vezes
Segundo as investigações, o suspeito entra em contato com vítimas do sexo feminino por meio de aplicativo de mensagens (whatsapp) afirmando que foi contratado para fazer um trabalho espiritual contra a criança ou adolescente. O objetivo do “trabalho” seria fazer a vítima ficar paraplégica e perder todo o cabelo. O investigado então declara que se a menor enviar fotos e vídeos íntimos não fará o feitiço.
Em Várzea Grande, o delegado da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso, Claudio Álvares de Sant’anna, afirma que já foram identificados 10 casos desse tipo de ação no município. Também foram registrados casos similares em outros locais da Baixada Cuiabana e também em cidades do interior mato-grossense.
O suspeito foi preso pela primeira vez em outubro de 2013, em ação da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), quando fez cerca de 40 vítimas, agindo da mesma maneira, fazendo ameaças enviadas através de mensagens no aparelho celular. Colocado em liberdade condicional com uso de tornozeleira eletrônica, o suspeito voltou a ser preso em junho de 2015, após ser flagrado com celulares com fotos de vítimas, menores de idade.