21/12/2024

Bombeiros retomam buscas pelo 8º dia em Brumadinho

As buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), foram retomadas por volta das 7h30 desta sexta-feira (1º). No dia em que o rompimento da barragem completa uma semana, os trabalhos vão entrar em uma nova fase.

Até agora, os corpos resgatados estavam em regiões superficiais. Agora, o trabalho das equipes de resgate dependerá de escavação. O trabalho precisará da estabilização do solo, o que deve tornar mais lenta a operação.

Até o fim da tarde de quinta-feira (31), 110 mortes foram confirmadas e 238 pessoas continuavam desaparecidas, segundo a Defesa Civil. Dos corpos resgatados até agora, 71 foram identificados. Até agora, 394 pessoas foram localizadas. O número de desalojados ou desabrigados é 108.

Na noite da quinta-feira, parentes e familiares de vítimas lotaram uma igreja na missa de sétimo dia dos mortos. A praça e a rua que ficam em frente à Igreja Matriz de São Sebastião foram tomadas de pessoas que não conseguiram entrar.

  • 110 mortos confirmados – 71 identificados
  • 238 desaparecidos
  • 192 resgatados
  • 394 localizados
  • 108 desalojados ou desabrigados

    O letreiro com o nome da cidade de Brumadinho foi coberto por sacos pretos em sinal de luto. Eles foram colocados às 23h da quinta-feira (31) por um grupo. Neles, também há cruzes brancas. Neste mesmo local, na terça-feira, amigos e parentes fizeram uma vigília. Desde então, o espaço se tornou lugar de homenagens e protesto. As bandeiras que foram postas no letreiro encobrem o escrito “Vale assassina”.

    “Nós próximos dias, com certeza o número de corpos [encontrados] aumentará. Entretanto, a velocidade de avanço diminui, porque o trabalho é mais minucioso”, afirmou o porta-voz dos bombeiros, Pedro Aihara.

    A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da mineradora. A vegetação e rios foram atingidos.

    Fonte: g1.globo.com/mg

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