A juíza aposentada Selma Arruda (PSL), senadora eleita como a mais votada no último dia 7, viu com estranheza a notícia do pedido de anulação de sua candidatura, que será protocolizado na Justiça Eleitoral pelo candidato derrotado Carlos Fávaro (PSD). De acordo com ela, o adversário não conseguiu votos e quer ser eleger no ‘tapetão’.
“Eu fico espantada com este tipo de atitude porque o candidato não teve votos e quer ser eleito no ‘tapetão’. É uma atitude no mínimo estranha”, afirmou a magistrada aposentada em entrevista ao Olhar Direto.
O pedido de impugnação da candidatura de Selma Arruda deve ser protocolizado nas próximas horas, segundo o próprio Fávaro. De acordo com o ex-vice-governador, as denúncias de caixa 2 durante sua campanha são gravíssimas e que precisam ser apuradas com rigor para que o caso seja esclarecido.
Em resposta, a juíza aposentada disse ter a certeza de que sua chapa não será cassada por não ter cometido nenhuma irregularidade em sua campanha. Ela também disse que Fávaro está mal orientado em achar que irá assumir o cargo no caso de uma cassação, explicando que a lei exige uma nova eleição.
“Ele está mal orientado achando que o terceiro lugar irá assumir neste caso. Não é isso que a lei diz e nem isso que o STF julgou. É preciso de nova eleição no caso de cassação. Mesmo assim eu tenho certeza absoluta que a cassação não vai acontecer. Por que não há nenhuma irregularidade na pré-campanha e nem durante a campanha”, assegurou.
A juíza aposentada foi eleita como a mais votada no cargo de senadora com 678,6 mil votos, desbancando o também segundo eleito Jayme Campos (DEM), com 490,6 mil votos e o próprio Fávaro, com 434,9 mil votos.
Durante sua campanha, Selma foi denunciada ao Ministério Público Eleitoral por caixa 2 com base em ação monitória proposta por Júnior Brasa, com cópias de cheques pessoais utilizados por Selma, além do contrato firmado entre ela e a Genius e e-mails trocados com o publicitário, que comprovam a relação entre a juíza aposentada e a agência fora do período eleitoral. A juíza aposentada realizou pagamentos desde abril deste ano, que totalizam R$ 700 mil, utilizando cheques de sua conta pessoal.