Objetivo é possibilitar o atendimento emergencial de ocorrências de paradas cardíacas
O vereador Luis Claudio (PP) apresentou nesta terça-feira (5) um projeto que obriga determinados estabelecimentos públicos e privados situados em Cuiabá a manterem um desfibrilador automático externo disponível ao público. O objetivo é possibilitar o atendimento emergencial de ocorrências de paradas cardíacas e o salvamento de vidas.
O projeto obriga ainda a presença de uma pessoa qualificada a utilizar o equipamento e com capacidade para diagnosticar a fibrilação ou taquicardia ventricular, bem como emitir sinal de alerta para a aplicação de descarga elétrica que restabeleça o ritmo cardíaco normal do paciente.
De acordo com o vereador Luis Claudio, o próprio equipamento identifica a carga que será aplicada no infartado, até que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegue para fazer o atendimento. Com isso, aumentam as chances de sobrevivência da vítima.
“A função principal desse projeto é salvar vidas. Nós estamos falando de lugares públicos e privados em que a chegada do Samu, quando há a ocorrência de mal súbito em alguma pessoa, é demorada. Sabemos que são maiores as chances de sobrevivência quando o intervalo entre o início da uma parada cardíaca até a administração do primeiro choque for o mais breve possível”, explicou.
O projeto considera como estabelecimentos privados que devem possuir o equipamento os aeroportos, campus universitário, estádios de futebol, ginásios de esportes, clubes, associações, academias de ginásticas e parques, além de rodoviárias.
Além deles, os hipermercados, casas de show, shopping centers, feiras de exposição e qualquer estabelecimento de reunião pública educacional ou eventos em área pública que receba grande concentração de pessoas em numero acima de 1 mil pessoas ou circulação de até 1,5 mil pessoas por dia.
“Muitos pessoas podem ser salvas por outros que estiverem nesses locais, presenciem o episódio e estejam aptos a realizar a reanimação cardiorrespiratória. É um projeto simples, que pode salvar muitas vítimas do infarto, que está associado a um grande número de mortes”, disse.
Ainda segundo o projeto, a aquisição e funcionamento do desfibrilador, bem como o treinamento, ficarão por conta dos proprietários dos estabelecimentos ou eventos. Já a fiscalização ficará a cargo da Secretaria de Ordem Pública.
Após a apresentação, o projeto deverá ser encaminhado às comissões pertinentes e será colocado para análise do plenário. Em caso de aprovação, o projeto segue para a sanção do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), para ser colocado em prática. Após isso, os estabelecimentos públicos e privados terão 180 dias para se adequar.
Fonte: https://www.olivre.com.br