Presidente da Assembleia, Eduardo Botelho afirma que percentual referente aos duodécimos é de 17,5%
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), disse discordar do governador Pedro Taques (PSDB), que em discurso, na manhã desta terça-feira (06), propôs rediscutir os valores de duodécimo dos Poderes – e pediu para que os mesmos aceitem o contingenciamento dos repasses.
Disse Taques: “Peço aos presidentes que precisamos, nesses três meses, continuar a debater o contingenciamento dos duodécimos. Estamos certos que essa é uma das medidas que precisam ser tomadas, porque, senão, não será a nossa administração que será chamada de incompetente. Serão todos nós”.
Segundo Botelho, os repasses constitucionais já estão congelados por conta da Emenda Constitucional do Teto de Gastos. E que, por causa dos atrasos, o Executivo já está com ao menos R$ 500 milhões dos Poderes em suas mãos.
“Ele mostrou a real situação do Estado. Mas discordo dele na questão sobre os Poderes, uma vez que o percentual do Orçamento relacionado aos duodécimos já vem diminuindo muito. Nós temos uma participação de 17,5%. Este ano, acredito que vamos ficar bem abaixo de 14%”, disse.
Ele mostrou a real situação do Estado. Mas discordo dele na questão que falou dos Poderes
“E isso nos próximos anos vai baixar ainda mais, uma vez que estamos contingenciados através da PEC e não temos mais aqueles excessos de arrecadação. Então, nesse aspecto, acredito que está equalizado esse processo”, afirmou.
Para Botelho, é difícil contribuir ainda mais com o Executivo, que busca fazer caixa para pagar nova parcela de uma dívida dolarizada com o Bank of America, no mês de março deste ano.
“Já estamos atrasados. Janeiro, por exemplo, não recebemos nada. Estamos no dia 6 e ainda não recebemos nada referente a janeiro. Temos quase meio bilhão na mão do Governo. Então, são situações que temos que discutir com mais profundidade”, afirmou.
Demissões na AL
O parlamentar disse, por ora, não analisar a demissão de funcionários do Legislativo. Porém, não descartou o recurso, caso a situação de caixa da Assembleia piore.
“Vamos ver até que ponto vai chegar. Estamos tentando não fazer demissões. Estamos tentando manter. Mas se a coisa apertar mais, evidentemente, vai ter que ter. Não tem jeito”, resumiu.
Fonte: http://www.midianews.com.br