(por Marisa Batalha , do O Bom da Notícia)
Definitivamente ‘o mar não está para peixe’ para a senadora mato-grossense, Selma Arruda (Pode), nestes últimos tempos. Primeiro teve que enfrentar sua cassaçãoa em 10 de dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral [validando a decisão por unanimidade do TRE-MT, em abril do ano passado]. Há dois dias foi obrigada a observar o início do rito da perda de seu mandato no Senado da República, pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM), que mesmo que não tenha descartado a possibilidade da Casa, de não cumprir a decisão do TSE, fez questão, entretanto, de ressaltar que a vitimização que estava sendo construída por alguns colegas de parlamento sobre a perda do cargo de Selma era desnecessária.
E agora vem à tona alguns prints, de uma conversa mantida pela senadora com o sociólogo Hélio Silva, ambos do Podemos, em grupo da legenda, no WhastApp. Que desvela que o partido estaria bem longe de estar unido, sobretudo, quanto a apoiar o presidente do Podemos em Mato Grosso, o deputado federal José Medeiros, na disputa pela vaga ao Senado, em eleição suplementar já marcada para o dia 26 de abril deste ano.
A discussão foi pautada por conta da representação feita pelo sociólogo Hélio Silva, também do Podemos, que pediu a expulsão de Selma, sob o argumento [documentado com trechos de entrevistas concedidas pela parlamentar mato-grossense] de que ela estaria apoiando a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) à eleição suplementar.
Já Selma desmentiu o fato e ao rebater as críticas de ‘infidelidade partidária’, apontada por Hélio, chamou-o de ‘pulha e canalha’. Principalmente, pelo pedido do correligionário, de que fosse expulsa sob o argumento de ‘descompostura ética’.
“Neste grupo há um canalha chamado Hélio Silva que assinou uma representação pedindo minha expulsão do partido. Já estou ciente. Para informação desse pulha e também dos companheiros do partido, nunca disse que apoiaria o Pivetta, muito menos praticaria infidelidade partidária”, garantiu Selma no post.
Que além de desmentir o colega de partido, ainda chegou a levantar a suspeita, de que por trás das mensagens do sociólogo estaria uma outra pessoa, sob a justificativa de que ‘Hélio não teria sequer capacidade para redigir tal documento’.
Ainda rechaçando as acusações, a senadora mato-grossense reiterou seu respeito ao candidato do Podemos em uma futura disputa à presidência da República, Álvaro Dias, lembrando que, contudo, dentro da legenda, nas últimas eleições presidenciais, teve candidato que não seguiu as diretrizes sobre fidelidade partidária, e apoiou Jair Bolsonaro, ao invés de Álvaro Dias.
Assim, sem citar José Medeiros, a justificativa de Arruda pode ser interpretada, no entanto, como um recado direto ao deputado, que já presidindo a sigla em Mato Grosso, levantou a bandeira bolsonarista em seu reduto eleitoral, no sul do Estado.
Já Hélio, igualmente, integrante do grupo de WhastApp, rebateu, lembrando a senadora que ele, particularmente, nunca teve cheque devolvido ou contas reprovadas, em referência à cassação de Selma Arruda por caixa 2 e abuso de poder econômico.
Após as troca de farpas, membros do grupo manifestaram apoio a Selma: “Em nenhum momento a senadora nega que tem uma relação de amizade com o senhor Pivetta, o que não impede de apoiar o Meeiros para o Senado. Seria muito mais fácil chamá-la para prestar esclarecimentos, mas um pedido de expulsão é demais”, disse um deles.
Fonte: https://obomdanoticia.com.br/politica/conversa-de-whastapp-vaza-e-revela-briga-entre-selma-e-dirigente-do-podemos-por-apoio-a-pivetta/40768