Descumprimento da decisão acarretará em multa de R$ 50 mil por dia aos sindicatos da categoria
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Mauricio Godinho Delgado determinou que 70% dos empregados dos Correios mantenham as atividades durante a greve iniciada nesta semana.
Pela decisão, proferida nesta quinta-feira (12), o descumprimento acarretará na aplicação de multa de R$ 50 mil por dia aos sindicatos da categoria.
A decisão do ministro surgiu em audiência de conciliação entre a empresa e os sindicatos que representam os trabalhadores.
Na reunião, o ministro propôs o fim da greve. Em contrapartida, os Correios devem manter os termos do atual acordo coletivo de trabalho e o plano de saúde dos empregados até 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo pelo TST.
A empresa aceitou a medida e os sindicatos levarão a proposta para votação nas assembleias locais.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação (3,25%) e não querem cortes de direitos conquistados.
Para a entidade, a empresa não dá prejuízo e não depende de financiamento público. Os empregados também são contra a eventual privatização dos Correios.
Em nota, os Correios afirmaram que aceitaram a proposta do ministro “para minimizar os impactos da paralisação, inclusive a perda de clientes para a concorrência”. A empresa também declarou que espera chegar a um “entendimento razoável” para não comprometer suas finanças.
“Vale destacar que, atualmente, as despesas com pessoal equivalem a 62% dos dispêndios anuais da empresa”, diz o comunicado.
Fonte: https://olivre.com.br