23/12/2024

Presidente do TCE: sem ajuste, é difícil atrair investimentos

Conselheiro Domingos Neto prega planejamento e a adoção de reformas estruturantes

O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Neto, defendeu nesta quinta-feira (25) a adoção de reformas estruturantes no poder público a fim de promover um ajuste fiscal sustentável nos governos.

 

Ele falou na abertura do seminário “Ajuste Fiscal ou Desgoverno – Equilíbrio, Transparência, Eficiência”, promovido pelo TCE.

 

“Sem planejamento e ajuste fiscal, fica complicado abrir a porta da economia e atrair novos investimentos. É o momento de pensarmos no futuro e não apenas no agora. Os desafios que se apresentam nos exigem disciplina e responsabilidade na gestão fiscal, planejamento, transparência e diálogo com a sociedade”, afirmou o conselheiro.

 

O ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, um dos principais palestrantes do seminário, alertou para o equívoco dos gestores em esperar que soluções para a crise fiscal e financeira que atinge estados e municípios venham da União.

 

“Esse olhar para Brasília é equivocado. A solução não começa em Brasília, a solução começa dentro de casa, com as medidas que precisamos tomar como gestores públicos. A comunicação é muito importante nesse processo, precisamos conversar com a sociedade, com os poderes e instituições, dialogando muito e trabalhar para colocar as despesas dentro das receitas. Não tem milagre, esse é o trabalho que tem que ser feito por cada prefeito, cada governador”, afirmou.

 

Hartung tem experiência em promoção de ajuste fiscal. Durante sua gestão, o ex-governador reestruturou as finanças do Espírito Santo, que estava em situação caótica e falimentar em 2014. Sob seu comando, as contas foram reequilibradas e as crises setoriais de saúde, segurança e infraestrutura superadas ao longo dos quatro anos do seu mandato. Graças às medidas, o Espírito Santo foi o único Estado da Federação a receber da Secretaria do Tesouro Nacional a Nota A na avaliação da capacidade de pagamento.

 

Em seu discurso, o governador Mauro Mendes afirmou que os gestores precisam ter coragem de serem impopulares se querem, de fato, promover o equilíbrio fiscal e realizar uma gestão eficaz. Como exemplo, Mendes lembrou que ao assumir o Executivo, adotou uma série de medidas impopulares, mas segundo ele, necessárias para o equilíbrio das contas.

 

Segundo Mendes, “a construção do equilíbrio fiscal não é uma coisa simples. Não é em um mês ou dois que as coisas acontecem. É preciso um tempo e, principalmente, saber o que, como e para quê fazer o que é preciso para corrigir os problemas. É, acima de tudo, ter coragem para tomar as decisões necessárias para fazer o enfrentamento das causas que produzem as crises econômico-financeiras e construir o equilíbrio fiscal, dia a dia, ações após ações, para que o estado volte a gastar apenas aquilo que arrecada e fazer, com o tempo, sobrar recursos para investimentos naquilo que realmente importa ao cidadão, que é a saúde, a educação, a segurança, o transporte, a infraestrutura”, afirmou.

 

 

Fonte: https://www.midianews.com.br

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