(Por: Mayla Miranda)
A reconstituição da briga de trânsito que culminou na morte do empresário Edmilson Martins de Lima, de 38 anos, está prevista para ocorrer nesta quinta-feira (14), a partir das 19h30. O desentendimento ocorreu no dia 24 de fevereiro, em Sinop (500 km de Cuiabá), e envolveu um policial militar, acusado de ter disparado contra a cabeça da vítima.
A reconstituição já deveria ter acontecido na noite de terça-feira (12), mas precisou ser adiada por conta da chuva. Com o adiamento, apenas um amigo do empresário morto, que estava presente no dia do ocorrido, foi ouvido. Outras quatro pessoas devem participar da reconstituição, dentre elas o policial acusado de atirar.
Segundo Edson Gomes, perito criminal responsável pela reconstituição, o objetivo de reproduções de cenas de crime como essa é sanar dúvidas dos investigadores. “Sempre quando existe alguma dúvida na investigação, a autoridade requisita essa reprodução simulada. Com a reprodução das cenas e dos fatos que aconteceram no dia, nós conseguimos confrontar os depoimentos com os resultados obtidos aqui”, relatou.
O caso está sendo conduzido pelo delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Carlos Eduardo. Sobre as imagens das câmeras de segurança que podem ter flagrado o momento do assassinato, ele disse que a divulgação depende do andamento dos trabalhos na reconstituição.
“Precisamos ouvir a versão de cada um, pois a divulgação das imagens pode influenciar na versão que cada um vai nos apresentar. Porém, as investigações estão se fechando de uma maneira muito favorável”, pontuou.
Outras autoridades, como o delegado plantonista no dia do fato, Ugo Reck, o comandante do Batalhão de Polícia Militar de Sinop, Major Vitor Prado, e advogados dos envolvidos no homicídio também participarão da reconstituição.
O caso
Edmilson Martins de Lima foi assassinado por volta das 23h, após uma discussão no trânsito. Segundo o delegado Ugo Reck, câmeras de segurança mostraram que a vítima teria ocasionado um incidente no trânsito.
“Depois que ele deu uma leve batida no carro do acusado [de assassinato], no momento em que foi estacionar, ele desceu do seu veículo e caminhou até o outro automóvel. O PM, por sua vez, tentou dialogar, mas sem resultado”, contou Reck, pontuando que as imagens sugerem que o empresário tentou, por várias vezes, tomar a arma do policial.
“Ele aplicou o que nós aprendemos em treinamento, que é proteger a nossa arma a todo custo. As imagens e as testemunhas mostram que o militar se manteve calmo durante o tempo todo e só sacou a arma depois que os dois caíram no chão. Nesse momento, aconteceu o disparo”, concluiu.
Fonte: www.olivre.com.br