(Por: Allan Pereira)
fazendeiro Paulo Faruk de Moraes se tornou réu pelo assassinato do agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, que foi morto a tiros aos 33 anos, em Porto dos Gaúchos, na tarde de 18 de fevereiro deste ano. Agora, ele responde por homicídio qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa à vítima. O juiz Rafael Depra Panichella, da Vara Criminal do município, foi quem recebeu a denúncia nesta quinta (7).
Em confissão, o fazendeiro disse que se sentiu “incomodado”, após Silas acompanhar a colheita de soja em sua propriedade para pagar uma dívida na manhã do crime. O “embaraço” se deu também depois que o agrônomo comentou que seria necessário apreender grãos de sua propriedade. Paulo Faruk teria uma dívida com a vítima e receberia saca de grãos como pagamento.
Paulo Faruk agiu “com consciência, vontade e ânimo de matar, impelido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público.
O MP relata ainda que o fazendeiro, após o homicídio, “se dirigiu tranquilamente ao seu veículo” que estava estacionado próximo ao local. Durante o trajeto, Paulo observava a todo o momento o ponto em que a “vítima estava caída ao solo para constatar se esta havia falecido”.
O magistrado viu que a denúncia tem elementos fortes de autoria e materialidade. Rafael então aceitou a denúncia do MP e transformou Paulo de denunciado a réu. Se condenado, ele pode pegar até 30 anos de reclusão.
O crime gerou muita comoção em Sinop (500 km de Cuiabá) onde o agrônomo morava. Ele tinha acabado de construir casa própria. Amigos o consideravam um boa praça, bom profissional, aventureiro e que agora, depois de uma vida de solteirão, havia resolvido resolvido se casar.
Fonte: www.rdnews.com.br