O início das buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho foi suspenso devido à forte chuva que atinge a cidade nesta segunda-feira (4). Os trabalhos já haviam sido interrompidos na tarde deste domingo (3) justamente por conta da ameaça de chuva.
Trabalham no local mais de 454 homens, 14 cães farejadores além de 9 máquinas retroescavadeiras e anfíbias e 12 aeronaves. Desde sexta-feira (1º), quando o rompimento da barragem da Vale na Grande BH completou uma semana, a operação de resgate entrou numa nova fase e não tem data para acabar, segundo as autoridades.
No sábado (2), além das buscas, começaram as vistorias em barragens do estado e foi finalizada a 1ª estrutura de contenção no rio Paraopeba.
Números da tragédia
- 121 mortos confirmados – 114 identificados
- 205 desaparecidos
- 192 resgatados
- 395 localizados
Desde o dia seguinte do rompimento da barragem não são achados sobreviventes. Para os bombeiros, é muito pequena a possibilidade de achar alguém vivo em meio ao mar de lama, que varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale.
Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da mineradora. Por causa do número de mortos, o prédio do velório municipal não foi suficiente. Outros dois locais foram improvisados para receber as famílias.
Vistorias em barragens
Fiscais da Agência Nacional de Mineração, da Fundação Estadual do Meio Ambiente e da Defesa Civil começaram neste sábado (2) a vistoria da barragem Vargem Grande, da Vale, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. Esta é uma das 40 barragens de rejeitos consideradas de alto potencial de dano no estado.
Eles fizeram uma inspeção e analisaram os planos de segurança. A Vargem Grande é uma das barragens construídas à montante pela Vale. Ela tem 9,5 milhões de m³ de rejeitos. O que estourou em Brumadinho tinha 12 milhões de m³ de rejeitos.
A empresa anunciou, nesta semana, que vai paralisar as atividades lá e em outras nove barragens que ficam em Minas Gerais para realizar o descomissionamento, que é a desativação e retirada dos rejeitos da barragem, nos próximos três anos. Na realidade, a decisão de acabar com as estruturas foi tomada em 2016.
Fonte: g1.globo.com/mg