(Por: Douglas Trielli )
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que a gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB) conseguiu financiar os reajustes salariais dos servidores com uma série de acordos feitos ao longo dos últimos anos.
Em entrevista à rádio Centro América FM, na segunda-feira (21), o parlamentar disse que o Executivo financiou uma “bola de neve”.
“O que aconteceu é que o Estado financiou essa bola de neve que vinha desde 2015. E o governo do Pedro Taques teve sorte, porque tinha alguns recursos a receber e empurrou a conta”, afirmou.
Segundo o deputado, Taques conseguiu trazer recursos milionários, como o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Votorantim Cimentos que previa o ressarcimento de R$ 253 milhões aos cofres públicos.
Para ele, somente assim o Executivo bancou os planos de carreira aprovados na gestão anterior à tucana e ainda os reajustes anuais.
“Em 2015, ele recebeu dois FEX. Em 2016, quando já estava chegando ao colapso, recebeu o FEX e mais um dinheiro da JBS. Depois, dinheiro da Votorantim e Energisa e ainda outros recursos”, enumerou.
“Quando chegou 2018, que estava entrando em colapso e eu achei que aconteceria entre julho ou agosto, ele negociou com a Petrobrás e entrou recurso e conseguiu empurrar a conta”, disse.
Problemas para Mendes
O deputado citou que o governador Mauro Mendes (DEM) assumiu o governo com atrasos no pagamento do 13º salário de novembro de dezembro de 2018 e ainda sem recursos do Fundo de Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX).
“O governador Mauro Mendes não tem mais esses recursos extras para vir. O FEX é uma incógnita. Então, o Estado não tem mais o dinheiro. Como ele vai financiar esse déficit? Vai ficar devendo alguém”, disse.
“A primeira coisa é reestabelecer esse pagamento do salário em dia. Esse é um trabalho que vem sendo feito para ajustar o mais rápido possível. Talvez, dentro de seis meses seja possível restabelecer o pagamento em dia”, afirmou.
Fonte: www.midianews.com.br