Anunciada como ministra da pasta Mulher, Família e Direitos Humanos, no governo de Jair Bolsonaro, Damares Alves, que tem 54 anos e cresceu no Sergipe, é um nome conhecido entre os cristãos evangélicos. Mas, o que motivou o presidente eleito a nomeá-la?
Atuando como advogada, pastora, assessora parlamentar e educadora, Damares possui extenso histórico de luta em várias esferas sociais, todas elas englobando a defesa da vida e da família.
MÃE
Como mãe, papel que considera o mais importante de sua vida, Damares adotou uma menina indígena. Impossibilitada de gerar um filho por causa de um abuso sexual sofrido ainda na infância, ela optou pela adoção. Atualmente, sua filha tem 19 anos e, assim como a mãe, se dedica às minorias, sobretudo às causas indígenas.
ASSESSORA PARLAMENTAR
Damares também tem ampla experiência no mundo político, principalmente como assessora parlamentar, cargo que desempenha há mais de 20 anos. De 2014 a 2018, ela esteve no gabinete do senador Magno Malta, onde desempenhou papel fundamental na CPI dos Maus-tratos. Antes de Malta, ela assessorou o deputado federal Arolde de Oliveira, nos anos de 2013 e 2014. Agora eleito senador, Arolde aprovou a nomeação da ex-funcionária.
– Ela é uma excelente profissional. Uma mulher comprometida com as causas das mulheres, dos indígenas, da vida e da família. É extremamente dedicada e ativa, um ótimo nome – afirmou Arolde ao Pleno.News.
LÍDER DE CAUSAS SOCIAIS
Ainda aos 13 anos, Damares começou a realizar ações de combate à fome e à sede de crianças do sertão da Bahia. Na década de 80 ela se envolveu na luta contra o aborto e na recuperação de viciados em drogas. Já a partir da década de 90, Damares percebeu a necessidade de atuar juridicamente na defesa da preservação dos valores familiares e conservadores.
Além disso, a futura ministra faz parte de movimentos de combate à violência sexual de crianças e adolescentes, dentre eles o Programa Infância Protegida e o Projeto Proteger.
Outra esfera de atuação é a da adoção, com o Projeto Adota Brasil. Nele, Damares busca melhorar e agilizar os processos de adoção no Brasil.
Ela também é líder do Movimento Nacional Brasil sem Drogas, que atua prevenindo o consumo e a liberação das drogas no país. Na mesma linha, Damares ajudou a fundar o Movimento Brasil sem Azar, que quer impedir a legalização dos jogos de azar.
No Brasil, Damares é representante da ONG internacional Atini – Voz Pela Vida, que cuida dos direitos das crianças indígenas.
Seu mais recente trabalho social trata da prevenção e conscientização sobre automutilação e suicídio de crianças e jovens.
PASTORA
Como pastora, Damares Alves pertence à Igreja Evangélica Quadrangular, de denominação pentecostal. Sua indicação foi considerada uma vitória para os cristãos evangélicos.
ADVOGADA
A experiência de Damares na esfera jurídica está ligada a todas as suas lutas e atuações, principalmente na política. Inclusive, a jurista usa seu conhecimento para advogar voluntariamente para mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica.
Ela também faz parte da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). A entidade emitiu nota parabenizando a pastora e desejando sucesso em seu novo cargo.
Ela também assessora juridicamente a elaboração de peças legislativas, além de acompanhar debates, sessões, votações e audiências públicas sobre temas ligados à família.
EDUCADORA
A pastora e futura ministra também dedica a vida à educação. Ela viaja o país dando palestras, participando de seminários e congressos. Damares acompanha de perto todas as questões ligadas ao ensino nas escolas e é uma das principais defensoras do Escola Sem Partido. Ela também luta pelo fim da ideologia de gênero nas escolas.
Fonte: pleno.news