Atual número três do ranking da divisão dos meio-médios (77 kg), Rafael dos Anjos entra no octógono nesta sexta-feira (30) para medir forças contra Kamaru Usman em duelo que deve colocar o vencedor em rota de colisão rumo ao título do evento. E a disputa, apesar da elevada recompensa, é arriscada.
Afinal, o brasileiro vem de derrota para Colby Covington, em luta realizada em junho e que voltou a explicitar uma histórica brecha no jogo das principais estrelas brasileiras de MMA: a dificuldade de fazer o antijogo do wrestling. Especialista na modalidade, o americano passou os cinco rounds do confronto andando para frente e mergulhando em quedas, além de prensar o carioca contra as grades repetidas vezes. E é justamente a experiência na luta agarrada e o poder físico que preocupam em Usman.
Também especialista em wrestling, o nigeriano carrega, ao menos na teoria, as habilidades necessárias para pressionar RDA durante o confronto e ‘decidir’ se a disputa vai para o chão ou se permanece em pé. E esse poder de escolha foi o que garantiu a derrota do brasileiro diante de Colby e, anos antes, contra Khabib Nurmagomedov, quando ainda competia como peso-leve (70 kg).
Mas, verdade seja dita, Dos Anjos é dono de habilidades ímpares em sua categoria. Além de um condicionamento físico acima da média, o carioca é faixa-preta de jiu-jitsu, modalidade que, embora não tenha sido usada recentemente em suas lutas, garantiu-lhe importantes triunfos no início de sua carreira.
Nos últimos anos, o atleta evoluiu a passos largos suas habilidades na luta em pé, fato que faz dele um atleta, de fato, mais completo que Usman no octógono. Melhor em pé, mais habilidoso na luta de solo, com excelente preparo físico e mais experiente no MMA, RDA, caso não seja vítima do antijogo do rival, tem tudo para levar. Mas como deixam claras as bolsas de apostas, a aposta é alta, mas a recompensa também.
Fonte: www.msn.com/pt-br/esportes