Os médicos que trabalham no Hospital Regional de Rondonópolis decidiram, em reunião realizada nesta segunda-feira (12), pela paralisação dos serviços.
A justificativa é de que há precariedade devido à falta de insumos, assim como atrasos de até quatro meses nos pagamentos dos profissionais.
A unidade é referência em média e alta complexidade para 19 municípios compreendidos pela região Sul do Estado. A decisão afeta mais de 500 mil pessoas.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Pedro Maggi, a situação se tornou insustentável após sucessivos atrasos nos pagamentos da Instituição Gerir, que administra o Hospital por meio de dispensa de licitação, uma vez que se trata de um contrato emergencial.
“Existe um limite. E esse limite foi ultrapassado. Não há mais condições para se trabalhar sem material, tampouco sem receber”, pontuou.
Segundo o médico, o Gerir teria informado aos médicos que não tem conseguido cumprir com a regularidade dos pagamentos devido aos constantes atrasos nos repasses de recursos provenientes da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
“Fato é que a precariedade consta desde o contrato com esta empresa, por meio de dispensa de licitação. E ainda o Governo atrasa os repasses. E quem paga o preço é a população, que não pode contar com um atendimento digno”.
Em entrevista à imprensa local nesta segunda, o prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD), afirmou que o Estado passou o dinheiro para o Instituto. Contudo, este estaria se negando a realizar os pagamentos.
“Sendo assim, chamei eles para buscar um entendimento junto com o Ministério Público para poder comprar insumos com dispensa de licitação, em caráter de emergência”.
Hospital Regional
De acordo com o Instituto Gerir, o Hospital tem capacidade para atender cirurgias nas especialidades de buco-maxilo, infantil, geral, neurologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinologia, plástica, proctologia, torácica, urologia, vascular.
A unidade hospitalar tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas especialidades de angiologia, endocrinologia, infectologia, nefrologia e neurologia.
São 128 leitos ativos, 545 cirurgias por mês. A média de atendidos mensal é de mil pacientes.
Fonte: midianews.com.br