Não, provavelmente você não lerá uma só linha sobre isso nos grandes jornais e portais brasileiros.
Neste domingo, 17, um homem de 44 anos abriu fogo contra duas vítimas desarmadas durante um roubo de veículo. Em posse do automóvel trafegou pela contramão de uma estrada e acabou em um estacionamento de uma unidade do Walmart em Washington. Ao tentar roubar mais um carro, abriu fogo aleatoriamente contra pessoas que passavam e que estavam na loja.
A polícia recebeu diversos chamados sobre os tiros disparados e um possível “mass shooting” em andamento, porém quando as viaturas chegaram ao local o criminoso já havia sido baleado e estava morto. Foi confrontado por pelo menos dois civis armados que colocaram fim ao tiroteio aleatório. As informações completas sobre o caso podem ser lidas no The Washington Post.
Não é preciso dizer que o fato não teve qualquer repercussão na grande imprensa nacional e o motivo é tão simples quanto constrangedor: não há nenhum interesse em mostrar os pontos positivos sobre a possibilidade de cidadãos treinados portarem suas armas, criando o chamado efeito aureola, ou seja, a criação de um círculo, um raio de proteção que se estende não somente ao que porta a arma, mas também aos que estão em sua proximidade.
Se por outro lado não houvesse ninguém armado e disposto ao combate, poderíamos estar diante de um massacre onde, atiçados pelo cheiro de sangue inocente escorrendo, os detratores do direito de defesa do cidadão estariam gritando histericamente todos os males das armas de fogo. Como diz um velho ditado americano: “The only way to stop a bad guy with a gun is with a good guy with a gun”. Em uma livre tradução algo como: A única forma de parar um cara mau com uma arma, é com um bom cidadão igualmente armado”.
Bene Barbosa é especialista em segurança, escritor, presidente do Movimento Viva Brasil, palestrante e autor do best-seller Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento.