Contrabando, venda ilegal e adulteração de agrotóxicos com alto teor de envenenamento. Essas são as principais acusações que levaram a operação Terra Envenenada da policia Federal que realizou quatro prisões em Sinop (500 Km de Cuiabá), na manhã desta quinta-feira (07).
De acordo com o delegado responsável pela operação, Rodrigo Martins, a organização criminosa estava voltada para a importação, manipulação e venda de produtos agroquímicos.
“Esses produtos são provenientes da China, entram na América Latina pelo Paraguai e depois são trazidos para a região. Além de os produtos serem de entrada controlada pelo risco à saúde, o grupo criminoso ainda fazia a manipulação dos produtos adulterando a formula sem o devido conhecimento. Eles ainda adicionavam inseticidas baratos e produtos de baixo custo para aumentar a lucratividade”, destacou o delegado.
Outro ponto importante descrito pelo delegado era o modus operandi do grupo, que agia de maneira coercitiva com os agricultores para manter a adimplência dos pagamentos.
“A rede criminosa é extensa e os envolvidos figuram na alta sociedade; é dessa forma que eles escondem os métodos ilícitos de ganho do dinheiro”, detalhou Martins.
O delegado disse ainda que o grupo conseguiu sucesso por trabalhar com produtos de difícil exportação para os produtores, gerando oportunidade na compra.
“A investigação acontece há mais ou menos um ano e meio, mas com certeza o grupo está atuando há muito mais tempo. Os lucros do grupo são exorbitantes porque eles compram os produtos no Paraguai por cerca de R$ 200 e vendem por R$ 700, isso sem contar a adulteração.
Os envolvidos vão responder pelos delitos praticados que estão previstos na lei de importação e transporte de substâncias agrotóxicas, crimes ambientas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Fonte: https://www.olivre.com.br