Secretaria diz que em 10 dias o prejuízo pode chegar a R$ 70 milhões, 70% do gasto da máquina
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que a paralisação dos caminhoneiros nas rodovias federais que cortam Mato Grosso está afetando as contas do Executivo. A projeção da Secretaria de Estado de Fazenda é que a queda, somente no comércio, fique entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões por dia.
Em conversa com a imprensa, na manhã desta segunda-feira (28), logo após uma nova reunião do Gabinete de Crise, que reúne todos os Poderes, Taques disse que a preocupação é agir no Estado para minimizar os impactos que podem causar caso a greve se mantenha por mais tempo.
A paralisação, que começou na segunda-feira (21) da semana passada, já dura oito dias e os efeitos são sentidos nos postos de combustível e mercados do Estado.
“A nossa preocupação agora é o conjuntural, mas também com o que vem depois. Isso vai acabar uma hora. Na hora que acabar, temos que diminuir o tempo de prejuízo o mais rápido possível, porque a arrecadação do Estado também está sofrendo prejuízo. O secretário de Fazenda está quantificando isso. Isso repercute nas contas do Estado e na concretização de políticas públicas”, disse Taques.
Os dados completos ainda estão sendo compilados pela Secretaria de Fazenda.
Alair Ribeiro/MidiaNews
Gallo: “só na área do comércio, algo em torno de R$ 7 a R$ 8 milhões por dia de arrecadação de ICMS”
Segundo o secretário Rogério Gallo, em 10 dias o prejuízo somente no comércio pode chegar a R$ 70 milhões, o que representa 70% do gasto mensal da máquina pública.
“Ainda estamos estimando, mas, inicialmente, imaginamos que só na área do comércio, algo em torno de R$ 7 milhões a R$ 8 milhões por dia de arrecadação de ICMS. Porque temos um efeito que, ainda que tenhamos os estoques, o sistema de tributação do Estado é pela entrada de mercadoria. Na medida em que entra mercadoria, tem lá a tributação pela alíquota”, explicou Gallo.
“Então, se não está entrando, se está tudo paralisado, no final do mês, vamos sentir as consequências dessa paralisação com algo em torno de R$ 7 a R$ 8 milhões por dia. Esse valor para Mato Grosso é muito significativo. Esperamos retomar isso o mais rápido possível para que essas perdas sejam diluídas”, disse.
O secretário preferiu não falar se a queda na arrecadação pode afetar o pagamento de salário dos servidores. Segundo ele, as prioridades de pagamento são os repasses dos Municípios, a Saúde, Educação e os duodécimos para funcionamento dos Poderes.
Nossa maior preocupação é a Saúde. A Secretaria está desde cedo com os secretários de Saúde do Estado todo
Prioridades e ponto facultativo
Taques afirmou ainda que a prioridade é manter os serviços essenciais em funcionamento. Ele garantiu o repasses para setores como a Saúde e também o funcionamento das viaturas policiais.
Além disso, o tucano avalia a continuidade do ponto facultativo nos Poderes para esta terça-feira (29).
“Temos grupos de trabalho criados desde ontem, um para saúde, outro para combustíveis, para o abastecimento da alimentação. Eles vão trabalhar até às 17 horas. Depois, teremos outra reunião do gabinete de crise, para que possamos decidir em conjunto, o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, a respeito da continuidade ou não do ponto facultativo amanhã”, disse.
“Nós temos uma reunião à tarde com todo setor produtivo, com os produtores para saber como se encontram as indústrias frigoríficas, como se encontra a questão de aves para que não tenhamos maiores transtornos econômicos. A nossa maior preocupação é a Saúde. A Secretaria está desde cedo com os secretários de Saúde do Estado todo. Eles possuem uma organização própria. Os secretários estão cooperando”, completou.
Fonte: http://www.midianews.com.br