O líder religioso Thiago Bruno pode responder por apologia ao crime, segundo delegado
O delegado Miguel Macário Lopes, de São José de Quatro Marcos (315 km a Oeste da Capital), abriu um procedimento preliminar para investigar o padre Thiago Bruno, que postou uma foto segurando uma arma de fogo em uma rede social.
A imagem foi publicada pelo padre – que é responsável pela paróquia do Município – na segunda-feira (1) no seu Whatsapp com a hashtag: 2018.
Conforme o delegado, a foto causou uma grande polêmica na cidade. O padre, segundo Lopes, pode responder por apologia ao crime.
A apologia ao crime está prevista no artigo 287 do Código Penal, que prevê como ato criminoso elogiar, exaltar, enaltecer ou ressaltar vantagens do ato ilícito. A detenção estipulada é de 3 a 6 meses.
“Realmente está dando o que falar essa foto aqui na cidade. Repercutiu muito mal pelo fato dele ser um líder religioso. Mas eu já tomei conhecimento que a arma é legal, pertence a um colecionador que é amigo do padre”, disse o delegado.
“Porém, a exposição caracteriza apologia, que também é uma conduta criminosa, mas, considerado um crime brando de acordo com o Código Penal”, afirmou Lopes.
O delegado enfatizou que irá intimar o padre a prestar esclarecimentos sobre a imagem.
“Eu não consegui falar com ele porque ele está de férias, mas assim que retornar, será ouvido.”, disse
“Foi instaurado um procedimento preliminar para sabermos o que realmente aconteceu, porque, de repente, pode não ter sido isso. Muitas vezes as coisas não são como se apresentam. O procedimento preliminar, portanto vai apurar o que ocorreu para depois instaurar um procedimento definitivo para responsabilizar criminalmente ou não a pessoa”, pontuou
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Paróquia São José, que informou que o padre só se manifestará sobre o assunto quando retornar de férias.
Fonte: http://www.midianews.com.br