O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) afirmou que irá apresentar entre esta terça-feira (02) e quarta-feira (03) um pedido de licença parlamentar para retornar ao comando da Secretaria de Estado de Cidades (Secid).
Segundo ele, a expectativa é estar novamente à frente da Pasta na semana que vem.
“Essa semana isso vai se definir. Voltar para a Assembleia Legislativa é mais simples. Já para o Executivo, há exigência do Regimento Interno de se apresentar um requerimento solicitando a licença que o Plenário precisa apreciar”, disse.
Entre hoje e amanhã, entrego o requerimento pedindo meu novo afastamento
Wilson, que assumiu a Secid no final do ano passado, retornou ao Legislativo no último dia 12 com a missão de auxiliar o Governo na votação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo de 2014.
A preocupação era que o texto produzido pela CPI prejudicasse o acordo entre o Executivo e o consórcio construtor do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande.
“Minha missão em relação ao relatório da CPI da Copa foi cumprida. Agora, tenho meu compromisso com o governador de que eu retornaria. Então, entre hoje e amanhã, entrego o requerimento pedindo meu novo afastamento”, afirmou.
Na última quinta-feira (27), o próprio Wilson afirmou que um fato novo poderia mantê-lo mais uns dias no Parlamento. O pedido partiu, segundo ele, do presidente da Casa, o deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), que, na ocasião, não teria lhe dado detalhes da necessidade de sua permanência.
No entanto, o tucano descartou, agora, a possibilidade de permanecer na Assembleia por mais tempo que o necessário para aprovação de seu novo afastamento.
Relatório da CPI
Aprovado na semana passada, o relatório final da CPI da Copa acabou sem a emenda que acrescentava ao texto original itens como o pedido de rescisão do contrato firmado entre o Governo e o Consórcio VLT Cuiabá.
O ponto era justamente o motivo da preocupação do Palácio Paiaguás e de Wilson Santos, diante da negociação que vem sendo feita com as empresas para que elas retomem as obras.
O acordo, firmado diante de uma ação judicial movida pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal (MPE e MPF) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE), prevê que o Governo pague aproximadamente R$ 900 milhões para que o trabalho de implantação do modal recomece.
O relatório final da CPI, por sua vez, cobrava, além da rescisão do contrato, que o Consórcio fosse responsabilizado pela não conclusão da obra. Entre as punições sugeridas estava a devolução de recursos públicos, que poderiam chegar ao montante de R$ 500 milhões.
O retorno de Wilson para defender que tais pontos fossem retirados do relatório acabou gerando um embate entre ele e o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), que presidiu a CPI das Obras da Copa. O socialista chegou a afirmar que Wilson estaria “patrolando” a Assembleia em nome do Executivo.
Fonte: http://www.midianews.com.br